Moda story

Moda – e costume - existem desde o tempo das cavernas, quando os grupamentos humanos eram diferenciados não só pela aparência física mas também pelo que recobria seus corpos.

Com a civilização, homens e mulheres passaram a decidir sobre o que lhes era mais adequado vestir; de acordo com sua "tribo" e condição social, cabia determinada vestimenta, requintada ou simplória.

A industrialização, por sua vez, trespassou o século XX e mudou novamente a maneira de pensar das pessoas;as picuinhas e entreveros regionais do fim do século XIX desembocaram num grande conflito: a Primeira Guerra Mundial. Depois dela e em relação aos hábitos antigos, a moda enlouqueceu: os cabelos foram tosados "à la garçonne", as saias subiram, as cinturas desceram, surgiu o mundo das "melindrosas", característica dos anos vinte.

Terminada a guerra, as mulheres não voltaram para casa: tomaram gosto pela empresa e pelo trabalho fora do lar. Mudou radicalmente o comportamento da mulher: ao invés de "avanços" ocasionais, como cabelos curtíssimos, saias curtas e piteiras, ela se distanciou da feminilidade: aderiu aos tailleurs (conjunto de paletó e saia, com blusa por baixo, às vezes gravata) com ombreiras, fortalecendo o porte e "virilizando" a figura. Sapatos tipo Anabela, práticos e confortáveis substituíram os saltos finos de bibelô (bonitos de se ver, perigosos para andar), ampliando a autonomia feminina (podiam correr, pisar duro, tudo o que é impossível fazer de salto alto).

Os vestidos "tomara-que-caia" de barbatanas realçando o busto com cinta para diminuir a cintura (de vespa), escancaravam uma sensualidade de mulheres que sonhavam com o casamento perfeito.

Já nos anos 60, cansadas de sorrir, fazer dry martinis, anunciar geladeiras na televisão - e sofrendo a concorrência (desleal) das secretárias simpáticas, solteiras e cocotas que quase sempre se tornaram amantes de seus maridos - as mulheres queimaram soutiens em praça pública e meteram – literalmente - os peitos na luta por seus direitos, fazendo desabrochar o movimento feminista: direitos pela igualdade nos postos de trabalho, nos salários, nas atitudes, divisão de tarefas e despesas da casa.

As saias ficaram minis, as roupas heterogêneas como camisetas, batas e calças jeans que trouxeram a liberdade sexual e a popularização de pílulas anticoncepcionais.

Homens de cabelos compridos ornamentados por flores "à la Hair" passeavam pelos anos 70 - hippies - de comportamento peculiar, reverenciando Geia, a mãe-natureza, defendendo um estilo de vida despojado e simples.

Daí para o surgimento dos movimentos ecológicos foi um passo.

Hoje, a diversificação tomou conta do mundo, das pessoas e da moda. Praticamente vale tudo; saias, calças, bermudas,calcinhas e calçolas; em qualquer horário, em qualquer comprimento, tecido, cor e padrão.As pessoas estão mais livres, não respiram o ar pesado da moda escrava, restou a tendência, maneira com a qual os "antenados" gostam de se vestir antes que a moda se dissipe com pequenas adaptações para que todos possam compreende-la.

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